quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Saravá, Umbanda querida



Nestes versos pequeninos
sob a forma de mensagem
venho aos orixás divinos
render a minha homenagem...

Pois nos versos mais bonitos
o que reina é o amor.
Umbanda, Umbanda querida
estou contigo aonde for...

[Sem-Título]

Faltam
Comparecem
Que seres são esses que nos aborrecem?
Poesia, Poesia,
de marés e tufões
Por que leva os homens e seus corações?

Zona Norte



Quem sabe um desconhecido
não se apresenta
e me mostra os segredos das
pedras portuguesas
que me salientam os pés?

Talvez um estranho se apresente
e finja ser amigo de longa data
e me fale da família, da igreja
e me faça sorrir na espera da Claridade.

Mas eu duvido, e duvido muito
que as estranhezas daqui se manifestem.
Eu estampo no rosto o asco
e o vômito pelo poder que elas
supostamente
exercem.


Numa praça da Tijuca, a espera de Clarice.

Santo Capetalismo



É o que o Capitalismo fez do homem:
carne. Carne móvel.
Carne fria sem textura, sem tempero
sem estria...

É o que o Capitalismo faz do homem:
carne crua sem alegria.
Máquina cinza sem amor no peito,
sem peito, cérebro ou companhia...

É o que o Capitalismo fará do homem:
monte de merda fria, móvel, sem alegria.
Estrume sem dormir em paz à noite,
coiotes-monstros da lua artificial da noite,
robôs sem horizontes de utopia...

E tem mais do que o Capitalismo fará um dia:
pegará cada parte do seu corpo,
da sua unha ao seu pescoço,
e te venderá a quilos na bacia.

domingo, 20 de novembro de 2011

Eu prefiro não crer no inferno


Terá um dia em que não ouvirei mais pássaros na minha janela,
não sentirei a brisa inebriante do pão quente que sai do forno,
nem ouvirei o tilintar das guirlandas no Natal..

Terá um dia que não mais seguirei teus passos,
e não será com a desculpa de que agora nós andamos juntos...
Terá um dia que o sonho acabará,
e tudo terminará, será cada um pra um canto...

Terá um dia, mas se só há uma vida,
em que nos separaremos para sempre...
Tu no céu, eu nas braseiras.
Viverás em paz como fruto da tua fé correta.
E eu viverei sob as bordoadas das nossas lembranças,
sob as labaredas do inferno da saudade...

Terá um dia, maldito dia pela unicidade,
que eu só viverei na Treva
sem minha Claridade.


Para nosso futuro segundo a unicidade da existência