terça-feira, 1 de junho de 2010

Se me amar dói, me odeie, por favor

Queria que o amor não existisse
Que os amigos não se amassem
Que não existissem desilusões
Porém não posso fazer nada

Não foi rejeição
Não te rejeitaria nunca
Não da forma que acho ser rejeição

Se te sentes assim, perdão
Eu não valho tanto a pena
Não mereço um milésimo de sofrimento
Sou uma criança, apenas

E talvez isso seja o pior
Mas não se machuque, por favor
Ao menos fisicamente
Já que emocionalmente é impossível que isso não ocorra

Não preocupe teus pais
Não preocupe ninguém
Deixa isso só comigo
Acho que eu mereço

Quando dizes que de ti morrera um pedaço
Digo de mim morreram dois:
o teu e o meu
Pois és minha amiga e
Minha amiga sou eu

Descanse mas não fique em casa
Páre de escrever
Isso torna tudo muito pior
Estou pensando em fazer o mesmo...

Eu só queria que você enxergasse suas próprias cores
Queria que você as visse
Como, ao menos, eu vejo
Pois é por elas que te amo

Suplico-lhe que veja as minhas
também
São opacas e sem muito brilho
Mas eu sou assim mesmo
Criança, imaturo, sentimentalista e chorão

Quem sabe um dia cresço
E tudo seja melhor, espero
Mas não valho a pena, repito
Não valho a pena.

Um comentário:

  1. Bocó! Cê vale mais que um zilhão de diamantes e tem suas cores. Eu que devo ser daltônica!
    E somos todos crianças... só estamos cegos nos tateando como malucos!
    E tenho as mesmas características: criança, imatura, sentimentalista e chorona. (Deve ser por isso que a gente se dá bem!)
    Gui, nós dois temos cores e nenhuma delas é opaca... o que estraga são os meus olhos que enxergam tudo errado.
    E não dá pra odiar vc, será que dá pra entender? Você poderia ficar pedindo isso milênios, milênios, mas é algo impossível. É o maior dos absurdos odiar alguém que eu amo tanto.
    E você vale a pena. Vale a pena até sofrer e até morrer. Por você é nobre...
    Mas eu não tô morrendo literalmente, eu tô vivendo! E viver requer morrer um pouquinho por dentro pra gente entender o peso e valor que as pessoas tem...
    Sr. Guilherme.... eu ia parar de escrever, mas foi você que continuou e me sinto no direito de fazer um réplica (tréplica - pentrica hihihi nem sei mais!). Se os grandes poetas puderam morrer um pouquinho por aqueles que amavam, porque eu não posso fazer o mesmo hein? Ou vc acha que nunca seria papel principal nesses dramas de amor?
    Deixa de lado todo o receio, meu bem. Eu só não posso chorar e "morrer" num dia e querer sorrir logo no outro... é saudável psicologicamente que eu sofra... mas não te preocupes comigo, as coisas voltam ao normal sempre. O tempo sempre foi meu amigo fiel. E pára de se desvalorizar. Vc tem cor e valor que não dá nem pra contar em dinheiro!
    Deixa de se preocupar e ser bocó! Eu já disse que sou poeta! E poeta vive o que escreve! Literalmente, se assim não fosse não era poeta!
    (E eu não tô triste agora, não tô nem chorando, tô até sorrindo... viu, como eu tô melhor?)

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