domingo, 27 de maio de 2012

A Paz do Caos

Do amor nada se espera
Ele é uma flecha negra
a gravar nos corações sua tatuagem infernal...

O Amor é um dos demônios mais cruéis.
É a faca amolada, a fé cega.

Amor
é o veneno que não se bebe todo dia.
É o ópio degradante da alma do poeta.

Amar
é um caminho de curvas sinuosas.
É a negação de toda certeza reta.

(para Gradiva)

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Mais um canto à Amizade



Pequena amiga,
hoje tive um surto psicótico.

Um surto poético,
destes de brotar poesia da pele....

Lembrei-me de ti,
e de tua risada cativa.
Lembrei-me da brisa colorida,
da alegria de tê-la em mim.

Pequena amiga,
hoje o céu se abrilhantou
num tom bem mais monocromático.
Hoje tudo está tão mais gélido e mais uno
que sinto falta das conversas
que expeliam o arco-íris da amizade.

Oh, pequena amiga,
cobrar-te-ei a cerveja doce sobre a mesa de um bar.
Ainda quero as dialéticas infundadas e descabidas,
as lembranças pitorescas e doloridas
dos corações nossos no vagabundear...



Para a pequena grande Isabel Barbosa.


Razão




Poesia-Filosofia
Filosofia-Poesia

Sair da Doxa - mais que estranha euforia!

O Suicídio do Filósofo




Vou-me embora deste mundo
que pra mim não vale nada.
O céu azul
não diz pra mim
onde os confins de minha morada...


Vou-me embora deste mundo
que pra mim não vale nada.
Nem amor,
nem amizade,
nem caminhos sem pegada...

Vou-me embora deste mundo
que pra mim não vale nada.
O que vejo é assassínio,
menino contra menino.
Aleivosia por nada...

Vou-me embora deste mundo
que pra mim não vale nada
Onde era amor hoje é ódio.
Hoje é rajada, lufada...

Vou-me embora deste mundo
que pra mim não vale nada.
Adeus à Doxa, ao ignorabimus.
Adeus à realidade forjada.




domingo, 20 de maio de 2012

Carmesim


Meu cabelo está vermelho,
cor de sangue quando brota
do dente que cai, da porta
aberta no coração apunhalado...
Meus olhos estão vermelhos
da cannabis que não fumo,
dos socos tomados em casa
por aqueles que não me amam..
Minha boca está vermelha
do batom que uso escondido,
dos cortes provocados pela tua mão
em delírio...
Minhas mãos estão vermelhas
e também os meus pés grandes...
Vermelhos pelo sangue e também pelo fogo
da frigideira em que estou depositado...
Meu corpo está vermelho por completo.
Só não sei se é vermelho-inferno,
vermelho-amor, vermelho-inferno-amor
ou outra merda que se enquadre...
Mas tudo está tão vermelho,
num vermelho tão confuso,
num vermelho tão uno,
que creio não ter no mundo mais cor nenhuma...

sábado, 12 de maio de 2012

Criatividade nem pro título

O que há com você, "poeta"?
Dor não lhe falta...

Veja agora: estás sozinho, como querias!
e cadê tuas palavras, moleque?

Que merda de poesia é esta que escreves por ora?
Fase ruim? que fase o quê!
Quem é poeta não tem disso!
Deixa de ser moleque, garoto...

Passe a escrever bem, e logo.
A Poesia aqui está de culhão cheio de esperar...