terça-feira, 27 de abril de 2010

Amigos, vos amo!

Que doce salgado é a paixão
Que apodrece e dilacera corações
Sensíveis, amantes, amáveis...
Mas que formidáveis consolações
São essas que vêm de toda parte
Vêm de seres simpáticos, amigáveis
Que te alegram com arte, com vida
Ofereço-lhes, amigos, margaridas
E música para os ouvidos
E mel para suas bocas...
Agradeço-lhes pelas amizades loucas
Das quais eu nunca me esquecerei
Sejamos, amigos, como rainha e rei
Rainha e rei, mas como Tristão e Isolda;
Sejamos o doce voo da borboleta
E as delicadas asas da mariposa.

Para Flor e Carla

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Que merda de texto, merda de tudo!

Não tenho me importado muito com o que os outros pensam, às vezes nem os ouço falar...
Tudo me remete a você, exclusiva e unicamente, de forma tal que te encontro, agora, em todas as formas possíveis: geométricas, abstratas, psíquicas e outras quaisquer.
Porém não estamos mais juntos, não fisicamente. Não posso sentir as quentes maçãs de teu rosto, nem o doce mel de teus sensíveis lábios.
Mas eu tenho alguns amigos para chorar, e embora, talvez, essa não seja uma atitude madura, assim a tenho feito constantemente, isoladamente, fora do mundo.
Quando me pergunto: porquê acabou? ou melhor: porquê não permaneceu? não sei responder. Não há resposta. Ou ela não foi devidamente exposta como merecia.
A paixão é traiçoeria, e puxa, de todos nós, o tapete sujo e infame da ilusão quando menos esperamos; quando estamos tentando levitar, alcançar o máximo do possível.
Amo, e queria não amar. Não assim, desta forma tão bela e idiota, que me torna tão patético e sensível ao extremo de escrever! Oh, Deus! Escrever! Acho que esse é o fim...

terça-feira, 13 de abril de 2010

Ame, ame, ame! Como é bom amar!




Viva Deus! Viva Jesus! Viva a Doutrina dos Espíritos!

Viva o amor! Viva o Progresso! Viva Allan Kardec! Viva todos nós!

Deixemos de uma vez as teias grudentas da matéria para que possamos alcançar mais depressa o sublime Amor; deixemos para trás a vulgarização da mulher entrelaçada ao machismo do homem e todas as consequencias sociais causadas por isso; deixemos o assassinato, o aborto, o suicídio: viva a vida! Aproveite-a. Embora ela não seja a única oportunidade não vale a pena deixar para depois...; deixemos também o consumismo e as desigualdades sociais: enquanto você tem três pares de sapatos ou mais, existem irmãos que não têm um!; deixemos as chagas da Humanidade, o orgulho e a vaidade, de lado, e olhemos mais em torno de nós; amemos ao outro como amaríamos a nós mesmos, ou como gostaríamos que fôssemos amados, obedecendo assim ao mais poderoso ensinamento do Grande Irmão!; deixemos, então, a idiotice do racismo e toda sua prepotência: somos todos filhos do mesmo Deus!; deixemos, então, a ignorância da homofobia e toda a sua maldade: viva o casamento entre irmãos e irmãs do mesmo sexo! Viva a felicidade e a exaltação do Amor nas suas diversas formas!; deixemos, então, o bossal preconceito religioso e vivamos de uma vez por todas os ensinamentos do Mestre: a Verdade está em Deus. E Ele não tem religião!; deixemos, portanto, para o outro o que é do outro e façamos a nossa parte: cada qual em sua minoria será tão importante quanto um grão de areia o é para a praia!

Vivamos o Amor, para o Amor e com Amor: e assim, enfim, este planeta de provas e expiações tornar-se-á um belo planeta de regeneração, onde viveremos para servir a Deus, ao Cristo e ao próximo.







Guigonto Otnogiu (pseudônimo)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Espera costumeira e dolorida



Ouvindo esta marcha fúnebre
Da morte do meu coração
Fico imóvel, sem ato.
Não há o que fazer, de fato
Ou pensar, ou agir.

Me resta agora só esperar
Esta impossível paixão ir embora,
Partir...

Carta de um possível poeta a Srª. Amor


Querida amiga
Lhe escrevo para dizer tamanha notícia:
Te amo.

E já basta...

Mas não me abandones
Nem me deixes mais ficar sozinho.
Fique comigo só mais uma vez
E deixe-me te amar
Como eu sempre quis, como sempre desejei.

Deixe-me beijar-lhe a face
E dizer-lhe palavras bonitas
De um possível poeta.

Te amo, menina
E embora nem saibas
Sinta toda a energia
Desse pobre coração
Que é de um possível poeta...

[Sem Título]

Sentimento comum
Que sinto constantemente.
Mas com você, acredite
Está tudo muito diferente.

Meu peito se aquece
Sempre no exato momento
Em que eu vejo você
Em fotos ou pensamentos.

Só queria poder te ver muito mais
E acalmar as labaredas que me queimam.
Queria poder te abraçar e beijar
Como dois belos amantes se desejam...

[Sem Título]

Da onda azul que brotou de tua face
O calor do céu pousou sobre meus lábios.
As cobras amigáveis dos teus cabelos em minha nuca
Diziam-me uma linguagem desconhecida.
Mas a cabana que lhe ouvia
Lhe ouvia atentamente dizer palavras de porte exótico.
Assim você se infiltrou em minha mente
E pulsou na minha veia
Esse teu sangue tão caótico.

Transformou-me em teu eterno servo
E mostrou-me o sofrer de amor.
Despiu-me como quem despe uma criança
E fez-me dormir dentro de teu próprio corpo.
A carne fria, todavia quente
Dizia a mesma coisa, novamente.
Assim você se infiltrou em minha mente
E pulsou na minha veia
Esse teu amor tão quente.

Não vou tentar jamais, não vou tentar
Deixar de ser o teu eterno escravo.
A branca areia movediça do teu quarto
Ainda me espera toda noite.
Não fujo nunca mais do meu açoite
Nem do roto cara que me transformaste;
Não fugirei do Sol, da areia quente;
Não fugirei da Sombra nem da tempestade...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Amor

Não sei..
Sobre ele não se fala.
Ele fere,
E regenera.
Ele magoa e mata...
Ele traz a esperança
E quando quer, a tira.
Ele apunhala pelas costas
E lhe oferece a mão amiga.

Seria bom que não existisse
O amor em forma de paixão...
Menos um veneno seria
Para o pobre coração.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Idiota!

Extremamente secreto,
Xadrez-amarronzado casaco vestia.
Usava junto a este lã de aço,
Que em forma de toca seu crânio cobria.

Exprimia o ar superior
No xeque-mate de todo santo dia.
Não era a humildade sua aliada.
Soberba pura sua pele expelia.

Porém cansado dessa vida fútil,
O mal dos outros ele não mais queria.
Agora prejudicaria a si mesmo.
E ele estava ciente das coisas que fazia.

Logo ato de coragem ele cumpriu.
Ato de coragem, também de covardia.
Suicidou-se, jogando-se do apartamento,
E caiu na avenida atrapalhando a via.