quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A doença do poeta

O meu ofício é inútil
Os homens não têm alma
Para a linguagem dos poetas

Rimas ricas ou vazias?
Balbuciar é o mesmo!

O mundo dos poetas
É o nada
Cheio de dores e paixões doentias

Nossos poemas servirão de contos
Ou anedotas
Aos mais retardados de inteligência
Nosso trabalho de sonhador
Não tecerá o eterno de nossas palavras não ditas

O meu ofício é inútil
Dele foge o bom-senso e a razão
Mas é com ele que me sustento
É ele o meu alento
Na luz, nas trevas e na solidão

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