quarta-feira, 2 de março de 2011

Os quintais




No quintal de minha casa
Não há parques nem flores belas
O céu não brilha com suas estrelas
Nem passarinho canta no amanhecer

No quintal lá de casa
Só há pegadas de monstros e lagartixas
Que correm ligeiras
Ao primeiro passo de qualquer aranha

É muito triste o quintal de minha casa
É frio e morto como meu peito
É duro e alvo como meu leito
É áspero e mordaz como meu eu

O que eu quero para mim é outro quintal
Onde eu possa escrever poemas mais vivos
Onde eu veja flores e estrelas cadentes
A rodopiar nos ares redivivos

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