terça-feira, 14 de junho de 2011
[Sem-Título]
Quando a certeza de ser dentro de ti confirmou-se
Pensei, ao certo, não mais escrever
Porque o poeta só escreve da sua chaga de amar
da sua probreza em só ser ele mesmo
Mas quando deitei-me em teus olhos
e brinquei, festivo, em teus cachos
Minha parte em ti
reclamava o compromisso, a responsabilidade
[...]
E então pude perceber tua vida, enfim, na minha
E teu problemas, agora meus
me entristeciam e me alegravam
Pois a água que tomba o navio frondoso
é a mesma que lhe é a dama desejada
O cais que lhe ancora em solidão
é o mesmo das partidas de amor...
O poeta descobriu em tempo
o ser quando a todo momento
Descobriu em tempo que o amor
é de dois seres o rebento
É a ferida mais doída
é a angústia de despedidas
a solidão de quem se ausenta
O amor é o espírito das poesias
a água-benta de todo dia
a comida escrita e sentida que alimenta...
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Espero sinceramente que ela se alegre de ser musa, pois não é pra todo mundo ser amada assim com tais palavras de um poeta tão talentoso!
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