segunda-feira, 17 de setembro de 2012

De pouco em pouco a gente consegue ficar louco!

A sanidade do Homem moderno está em sua loucura. Não há poesia, não há música, não há escultura em gesso ou madeira sem a luz que oferece a saída à opacidade que se tornou a existência humana. O que há é um pseudo-caos construído à partir de uma invenção de alguém já inventado e construído. É um ciclo que finda num dos vazios que a inexistência pode oferecer. É o pseudo-caos das coisas frívolas. Porque o Caos geral, o primitivo e básico, consolidador, fundador e mantenedor de todas as coisas, é fundamental na experimentação da criação. O Caos pelo Caos é a base. O que não passa pela dita loucura é inexistente, não-é. E é só experimentando deste Caos que nós, que nada somos por sermos apenas representação e cópia daquilo que também é representação e cópia daquilo que é representação e cópia, passamos a ser algo, a instituir algo como existência propriamente dita. Daí resulta o Ser: da lambida no suor do caos, da cegueira provocado pela luz do Caos.
O Homem comum não-é, uma vez que (como já dito) é apenas imitação daquilo que é imitação.
E por todas estas coisas e também por outras que ainda hão de me vir, torço, fervorosamente, para o desabrochar de minha Razão neste mundo de sombras de sombras. Porque enquanto faço parte deste terreno somente de opiniões, vou ficando tão fedorento quando a bosta inventada por esses pseudo-seres!

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