terça-feira, 13 de novembro de 2012

Luisa: Tempo agora

Ao poeta que madruga
antes da escura e trevosa alvorada,
o que o salva é a figura
tão doce e clara da mulher amada...

Hoje me faço e me desfaço em ti, Luisa.
E me és agora excitante disparate
com os teus castanhos cabelos soltos
e as mil línguas que tremulam na tua boca enternecida...

Tu me és, Luisa, Luisa querida,
a mão amiga com o cheiro da paixão!
O meu altar de belos sórdidos pecados,
o meu tempo agora de exaltar o sagrado,
o meu novo templo onde beber profanação...


Para L. Sant'Anna

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