sexta-feira, 22 de março de 2013

Ai de mim!


Ai de mim, que quero ser o escândalo necessário!
Se a morte lhes resolve o problema: mato!
Se a navalha na face lhe rebaixa ao seu posto: corto!
Se o porrete lhe quebra a cabeça imperialista: traumatismo craniano!

Ai de mim, e louvado seja eu
se esses são os desígnios de Deus!
Se é necessário o escândalo, Senhor, cá estou!
Se a morte veio buscar os impiedosos, eu me disponho:
dá-me a tua foice, Morte, que vou!


(Em protesto à minha inutilidade cidadã e à minha passividade diante das atrocidades do Estado neoliberal e fascista)



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