terça-feira, 26 de março de 2013

Considerações irracionais I


É necessário uma distinção preconceituosa de minha parte. Não espero que me perdoem. Há os que vivem em ser o que são, e, ao meu ver, estes são os únicos que vivem, e há a grande maioria, e talvez você seja um deles, que é apenas reprodução da reprodução da reprodução. Eu já escrevi sobre isso, acho. Mas volto a falar. Há de se tomar um rumo, uma via para qual devemos nos apontar. Escolhe-se o empírico, perde-se a fundamentabilidade; escolhe-se o inatismo, generaliza-se o que é ingeneralizável. Escolhi a via da não-via. Isto me recorda Sartre. Mas aí, em contrapartida, me vêm cristãos, budistas, comunistas, justos, sãos e mais uma caralhada de definições-prisão que me enlouquecem a alma tentando me convencer da inutilidade de minha não-busca, da idiotice de ser o que a mim projeto. Somos aquilo que fazemos de nós mesmos. Obviamente este meu discurso é uma desculpa aos meus próximos, que muito me suportam, quanto às tempestades que tenho me tornado, e quanto aos atos amorais e/ou imorais que tenho praticado. Não sou justo ou injusto, louco ou são, hétero ou gay, mono ou politeísta... Sou tudo isso quando me convém, ao mesmo tempo que também não sou. O Ser é; Ser é; É É: dá no mesmo.. Que apenas sejamos. SER. Porque atribuir ao Ser algo que lhe é externo, é lhe configurar em algo que ele não é. O Ser não é passível de atribuições. Quando lhe dizem bonita mentem. Quando lhe dizem feia, igualmente mente. És nada disso. És, apenas, e obviamente se te projetas a ser.
Não sou Guilherme. Não sou brasileiro. Não sou o que quer que seja. Sou. Apenas isto. Chama-me por Ser, ou É. Não que ficarei feliz. Ficarei eu. Ficarei Ser. Ficarei É.

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