segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Meu lado negro, podre, sujo...





O verdadeiro poeta
é aquele que sofre
é aquele que morre
e inventa seu próprio devaneio

Pobres poetas perniciosos
que magoam e ferem pelas palavras
que beijam corações e se dizem amigos
mas que os dilaceram por trás
com afiadas facas

Ame uma, duas, três ou quatro
Invente a dor para escrever melhor
Invente a angústia e seja falso
que aí o poeta encarna em você

De que me vale amar unicamente
e ser solitário por entre as vielas de minha alma
se posso tentar um amor de repente
e voar ao mais alto das escadas rolantes?

Louco, louco, louco!
Inconstante, galinha abobalhado!
Sou quimera viva, inebriante
Modesto pasto do cerrado
Me chame de tonto
besta cegueta
Me chame de favo de malaguetas
De conto repetido do vigário!

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