terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Minhas seis horas da tarde




Pior hora do mundo
quando o Sol não sabe se fica
e a noite nao sabe se vem

Eu, com eles, marasmado
não crio nem sou inventado
não acendo nem apago
o comprido charuto de morte

Seis horas da tarde
Que não é dia nem é noite
Eis a pior hora do dia
Sem calor ou dor
Tudo frio, azul e branco
as nuvens vão escondendo o sol
que teima em ir por si só
E as estrelas brilham para a lua entrar


Seis horas, abençoada seja
É aí que eu não amo
nem odeio
Não vivo nem morro
É aí que sou um qualquer
a ir ou vir, sem cessar...

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