terça-feira, 17 de abril de 2012

Soneto de um coração perdido


Flor da noite ensimesmada,
de negritude e bela candura
Tua pele e teu pelo liso
são do homem desventura...

Olhos de mel doce, voluntários,
e costas de rolar pelo chão quente de amor.
Soltas tua voz de sabiá
a voar dentre as árvores de meu peito...

Quem sabe sou do teu canto o eleito,
a gaiola aberta onde repousarás
tua dor...

Quem sabe minhas grades lhe sejam afáveis,
lhe causem descanso, mesmo graves.
Quem sabe sejam tua cor...

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