segunda-feira, 30 de julho de 2012

À morena do Jongo



O girado de tua saia
Arrepia-me a pele.

O bailado de tuas pernas
Arrepia-me a pele.

O gingado de seus quadris
Arrepia-me a pele.

O teu cabelo negro
Arrepia-me a pele.

O teu suor quente
Arrepia-me a pele.

Tua gíria malandra
Arrepia-me a pele.

Tua onda de erva
Arrepia-me a pele.

Teu olho mareado
Arrepia-me a pele.

Tua ressaca de palavrões e ternuras
Arrepia-me a pele.

Tudo teu
Arrepia-me a pele.

Tudo. Absolutamente.



Para a Morena do Jongo

2 comentários:

  1. Lindo!
    Mas eu só digo uma coisa...
    Cuidado pelos caminhos que nos levam aos arrepios... alguns são sem saída.

    Bravo, meu poeta!

    ResponderExcluir
  2. Obrigado, carlita!
    Quanto aos caminhos, creio que são apenas caminhos!
    Enquanto a gente caminha, escreve também...

    Obrigado pelo comentário, mais uma vez!

    ResponderExcluir