quinta-feira, 12 de julho de 2012

Cheia de Graça


Bela flor da noite
és tu, Ana formosa,
que brilha qual negra rosa
a pulsar como estrela cintilante...

Tu és branca mulata
que alegra a vida do poeta.
Tu és a serenata que encanta a vida menos reta!

Quantos louvores canto a ti e não sabes!
Nem mesmo eu sei dos pesares
que tu me fomentas na alma!

Ana beata, santa, impura, funesta...
Me lembras a besta vestida por um corpo santo!
E aqui lhe visto o manto glorioso
do poema que lhe jurei.

E embora não seja teu rei,
bem o sei que lhe sou grande amigo;
que nas terras que tu andas
sou o conforto pelo qual caminhas sem ter Lei.

Estou contigo, Ana querida, e de ti eu não largo.
Pois embora comprido seja meu passo,
contigo tenho segurança,
contigo eu tenho fé.
E mesmo embora tu sejas bem menina,
inocente, pequena, luz santa vespertina,
és fogo pulsante,
bebida inebriante em tons de mulher...


Para Ana Carolina

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