domingo, 26 de agosto de 2012

Aos descrentes

Entre, descrença profana,
e faça tua cama bem aqui,
no peito meu.

À partir de hoje sou ateu,
sou um crente na descrença,
exaltador de desavenças
no marasmo e com os asnos desta vida.

O meu ideal me traiu,
afogou-me de sua ausência,
expurgou-me de toda a essência,
daquilo a que eu tanto era leal.

E não sabe do mal
que todo este abandono me implantou.

Hoje, se o inimigo me oferece
apenas um sorriso de sarcasmo,
eu largo todo o meu nada, jogo meus valores na privada,
e vou.

EU VENDI MINHA ALMA

Um comentário:

  1. Me diz o que te motivou a escrever essa poesia, meu bem...
    És bela sim, mas penso no motivo...

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