Que nos beijemos precocemente,
pois que a morte ali me espera!
Quero teu corpo e a tua mente
cravada em mim pelo correr das eras!
E teus cabelos, e tuas mãos
e tuas pernas junto às minhas!
Que afago, que combustão
neste emaranhado com que me aninhas!
Moça branca, moça branca!
Por que só agora tu me surgiste,
a dilacerar meu coração?
Por que somente hoje tu me sucumbiste
às profanadas chamas da vil danação?
Temo pelos dias
que, ligeiros, se avizinham...
Os meus vintes anos chegam
e a Morte senta à escrivaninha
como quem diz: daqui eu não saio!
E não há na vida ensaio,
a menos que se encene na morte!
Quero-te mais e agora!
Quero-te triunfo amável da sorte!
Para M.
Nenhum comentário:
Postar um comentário