Teu beijo em meu pescoço
foi o adeus inusitado.
Pelas ruas cá do Porto
escuto o fúnebre fado...
Que conta, bem meu, a nossa história,
nosso amor sem fim.
Fado maldito, gaita maldita,
perfumados pelos campos de alecrim...
Ó Portugal gigante,
ó amor grande que meu coração matou!
Tua boca vermelha
é fruto primaveresco que o inverno alegrou!
Te canto meu fado
com triste pesar...
Teu peito alado
deixou-me a chorar.
A ti eu amava,
ó branca, inda amo!
Teu corpo molhado
é hoje meu pranto...
Para M.
Nenhum comentário:
Postar um comentário