terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Caminhão de mudanças

É do mover-se natural estar só, e parado.
Nada muda aos que se movem.
Anos, meses e dias iguais.

Movo-me. Não mudo.
O que eu falo é a vontade de escrever o que não escrevo.
Deram-me, no parto, o sangue movente.
E a saudade da mudança é sempre eterna em meu peito.

Se o grito da vela é a parafina que escorre,
eu me socorro é onde quebra no rochedo a grande onda.
Confusão do mar solitário e ventania.
Tudo move e permaneço.

É do mover-se natural estar só, e parado.
Mistura é sempre Um. Amálgama é celeste.
Dou um passo, já não sou.
Reconstruo-me de água.

2 comentários:

  1. Então o que falo é parafina? Simplesmente genial.

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    1. És parafina, e em amálgama és vela que ilumina nossas vidas!
      Beijo grande, moça!

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