quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Encontrei meu velho amor no carnaval

Me desespera o desespero da tua pele,
o "tchau" não dado pela falta que faria.
Arrepia-me saber das coisas que se foram
e que não voltam nem se os dois quisessem.

Os olhos de despedida
e as mãos que não se tocaram.
Arrepia-me o vulto que somos
e os dissabores de nossas lembranças.

Somos livres, finalmente,
na liberdade dolorida das coisas não ocorridas.
Somos livres,
e passos largos em direção à dor no peito.

Estamos fantasiados de prazer e euforia,
é noite de carnaval.
Estamos vestidos de bom cheiro e vida,
enganosos de nossa própria desgraça.

E qualquer que seja a graça que se faça,
nossas máscaras cairão quando deitarmos em nossas camas.
E haverá um amor que já não existe pulsando,
como a criança chorosa que eternamente chama.

4 comentários:

  1. Incríveis! O jeito como vc escreve é tenro e intenso...a identificação vem naturalmente ao ler...muito bom mesmo

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  2. Você é lindo, super talentoso e tenho muito orgulho de te ter como irmão.
    Adorei o poema, adorei o motivo, lindas palavras. Você é doce demais.
    Me faz muito bem passar por aqui.
    Te amo.
    Beijo.

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    1. Orgulho tenho eu de tu e de nossa amizade.
      Obrigado pelo apoio de sempre, mana.
      Te amo, beijão.

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