Crepita o fogo das horas,
o desejo do poema
- A casa morna das almas,
onde dorme o monstro naufragado.
Sentir-se só,
ventura aos homens corajosos,
é ter nos pés o desejo de ser alado.
Belo é ser fraco e poeta eternamente,
e ser a casa das almas pobres da riqueza.
Ser um barco a navegar despovoado
num mar de muita dor e solidão.
Poesia, o fogo crepitante da euforia
em um coração de amargura magoado.
Celeste alegria dos poetas
que a escrevem e a pintam
em cadernos de pauta azul rabiscados...
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