Vai-se o fio da meada.
A poesia galopeia no fora do tom
das coisas que não se dão tempo de serem ditas.
Vai-se o rumo na vida,
que a vida não é um ato de poesia.
É antes o borbulhar das coisas que não se dão tempo,
o vento sem o cheiro do pão fresco,
a borboleta morta e o Sol tapado com uma cortina cinza.
Vai-se o rumo que não era vida,
que era o caminho de não-vida, poesia.
Vai-se porque hoje muito se vive
e pouco se escreve.
A poesia é morte das coisas não-mortas.
A vida - tudo aquilo que não se escreve.
Amei e adorei esse blog!
ResponderExcluirLeia-me sempre! O grande prazer do poeta é ser lido!
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