segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Meu mal do século

No meu frio quarto
acendo meu velho charuto
como a dar despedidas a um velho amigo
Vivo intensamente
os instantes ligeiros do meu mal do século
Trago devagar
deixando a fumaça alcançar meus olhos
e os fazer cuspir
sobre minha face obscura
Preciso aproveitar minha tristeza
enquanto a alegria
não retorna da viagem
Junto ao fumo
bebo o whisky que mamãe me deu

E vou dizendo adeus
E vou dizendo adeus

2 comentários:

  1. Eu espero, sinceramente, que tia Rosângela não tenha te dado whisky!

    Amor, os poemas estão lindos. Aquele da terra e do trabalhador é seu não é? Tá lindo! Muito lindo! Tenho certeza, se não for agora a hora de reconhecerem o seu talento, seu nome estará em livros e mais livros pra lembrar do quanto vc escreve bem.

    bjujus

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  2. É meu sim, rs...
    Quem dera, Carlinha... mas esperança é algo que não morre, ou pelo menos que não deveria, rs.

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