quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ofertório



Tudo que escrevi é teu...
Todos os hinos, todos os cânticos.
Todos os louvores aos homens, a Deus.
É tudo teu, é tudo teu...

Fiz letras com teu rosto.
Fiz poemas com nosso suor.
Revoluções eu armei pensando somente no teu sorriso...
E você, que desperta em nosso ninho,
que se enrola em meus braços feito passarinho
sem cobertas, cantando nossa música de amor
sem vergonha, sem malícia,
diz com teu corpo ao meu ouvido: te amo.

E embora há poucos anos,
quando deitados nas calçadas pela primeira vez
repeti o meu verso já antes dito para ti,
criei novas muralhas e guaridas
para que as tempestades de verão não abalassem a nossa cama...

Pois quem tem no outro a parte de si que faltava
diz com total propriedade
que a saudade é a tortura de quem ama...

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