terça-feira, 6 de setembro de 2011

Poesia: arma de amor



Eu quero uma jaqueira no meu quintal.
Não sei porquê, mas esta vontade me toma o peito por ora.

Jaqueira frondosa, com belos frutos
rijos ou bem molenguinhos...

Jaqueira grande, de belo porte,
que me faça viajar para longe das buzinas
da corrupção,
do tiroteio das iniquidades.
Uma jaqueira que me deixe deitado sobre suas raízes
tão deliberadamente como nos seios de minha amada...

Eu preciso de uma jaqueira
e um pouco mais de paciência...
Mas paciência longa,
de quem espera da sociedade muito mais paixão.

Talvez assim eu sacie logo minha fome:
vendo nas ruas meninos que viram homens,
vendo protestos se darem Revolução...


Para Pedro, por nossas lucubrações noturnas

Um comentário:

  1. hAHAHA valeu cara, as vezes a sensaçao e tao angustiante, que temos que falar com alguem, esse dia tu tava ai, e vi que temos os mesmos ideais, como disse na conversa somos 40,50 talvez 200, semeando agora o que amanha se tornara na revoluçao com 1 milhao....o/

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