sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Palavra Viva

 
Não só lhe quero em meus versos.
Não só lhe quero derramada em minhas páginas.
Quero-lhe mais, e ainda mais!,
na folha branca do meu lençol pungente...

Quero-lhe as linhas onde escrever a nossa história,
a tinta negra da caneta que excita. 
Quero-lhe caderno, livro, rasgo, síncope desvairada,
oceano de prazeres que o meu corpo incita.

Não só lhe quero em meu versos.
Tampouco solidez de palavras frias e inexpressíveis.
Quero-lhe Poesia perfurante,
decassílabos desrespeitados, gosto rascante,
corpo sibiloso e torpor temível...


Para Luisa Sant'Anna

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