sábado, 1 de dezembro de 2012

Moça Branca VII - Dor de amar eu sei de cor


Minha dor se escreve no peito.
E nunca se escreveu melhor
outra coisa em minha pele.
Dor de amar eu sei de cor.

Está tudo aqui gravado,
em meu peito então choroso,
este canto ensimesmado,
canto à Moça decoroso.

Um coração revoltoso,
pela dor embrutecido,
desfaz-se em bela plumagem,
transveste-se em nova paisagem,
fica de amor enaltecido.

O amor é o corretivo
aos delírios do poeta,
vivente dos sonetos infelizes,
ator de uma vida menos reta.
O amor é a vacina
pra doença do viver.

E que falem de outras artes
e outros modos de ao mundo se expor.
É só a Poesia que é rota, que é via:
só a Poesia é Amor.


Para M.

2 comentários:

  1. "Só a Poesia é Amor!"

    Frase épica! Maravilhoso poema! Vc é um artista, vc sabe, né?
    Saudades do meu Guigui

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    Respostas
    1. Ô, meu anjo, obrigado pelo elogio! Vindo de você fico muuuito feliz! Também tenho saudades! Espero em breve que nos vejamos... beijos

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